quarta-feira, 13 de abril de 2011

Cérebro como central de comando

O cérebro é o órgão mais importante do Ser Humano e já agora da maior parte dos animais.
Em termos anatómicos, basta observar outros mamíferos, aves, répteis, peixes ou até recuar ao Jurássico e observar os grandes répteis para constatar a importância que o cérebro sempre teve em termos evolutivos.
Olhando para um esqueleto humano, ou qualquer animal duma destas famílias, salta à vista esta importância, O cérebro encontra-se na cabeça rodeado pelos principais órgãos sensoriais e protegido por uma caixa forte de osso, o crânio. Logo de seguida vem o coração e os pulmões enclausurados numa jaula feita de costelas e esterno, os restantes órgãos são bastante mais desprotegidos excepção feita aos órgãos reprodutores femininos que estão protegidos pelo berço formado pelos ossos da bacia (a importância evolutiva que tem a reprodução na continuidade da espécie).

Nós somos o nosso cérebro, é nele que guardamos as nossas experiencias e tudo aquilo que nos faz nós. Podemos perder um braço, receber um transplante de coração, mudar a cor do cabelo ou até mudar completamente o nosso aspecto facial ou mudar de sexo mas continuaremos a ser nós enquanto conservarmos no cérebro o conjunto de experiencias que resultou no eu presente.

O cérebro tem no entanto um papel menos evidente mas muito importante e do qual a maioria é completamente alheia. O cérebro é a central de comando primária de todo o corpo e das suas funções, encontra-se ligado a este através de um potentíssimo cabo de dados que leva ordens e trás relatórios conhecido como espinal medula. Cabe ao cérebro avaliar o desempenho dos órgãos e suas funções bem como todos os processos metabólicos e proceder às respectivas correcções sempre que estes se encontrem fora dos valores padrão estabelecidos.

Um cérebro são regula um corpo são, então porque é que ficamos doentes?

O que faz com que um cérebro não seja são?

Considerando só seres humanos saudáveis ao nascimento, excluindo para este efeito deformações orgânicas de cariz genético ou outras que podem condicionar à partida o estado de saúde, ser portador à nascença de um cérebro saudável deveria ser garantia de um corpo saudável……mas não é porquê?

Nós somos o produto das nossas experiencias e é durante a infância e a juventude que mais experiencias acumulamos, tudo é novo e a bagagem emocional é tão reduzida que experiencias facilmente assimiláveis na idade adulta podem representar desafios inultrapassáveis, é nesta fase da vida em que a parte em desenvolvimento do cérebro mais dependente de factores exteriores se forma aos poucos afectando invariavelmente a parte de central de comando com a qual partilha o mesmo espaço físico, eléctrico e químico.  

As alterações que a central de comando sofre durante esta primeira fase vão alterar os valores padrão de referência para o funcionamento de todo o organismo e se as alterações forem suficientemente grandes forçarão determinados órgãos ou processos orgânicos a trabalharem fora de valores saudáveis. Tal como uma máquina que é obrigada a trabalhar fora do seu período de equilíbrio também o órgão ou sistema orgânico invariavelmente irá falhar.

Se o órgão obrigado a trabalhar fora do seu período de tolerância for o coração, por exemplo, quanto mais fora do período mais cedo surgirá a falha e se a isto juntarmos factores extraordinários como esforço acrescido sobre a forma física ou emocional o prazo de validade será seriamente comprometido.

Outro exemplo é o sistema imunitário, quando este trabalha fora dos valores ideais não proporciona a defesa óptima ficando o corpo muito mais exposto a que microrganismos, ao entrarem, se tornem patogénicos o que não aconteceria se estivesse em equilíbrio.

Se somos uma soma das nossas experiencias e são elas que fazem de nós aquilo que somos então é aqui que se encontra a raiz dos nossos desequilíbrios, dos nossos estados de doença. Reconhecendo a causa, reintegrando as experiencias mal assimiladas e por fim reequilibrando o cérebro central de comando de volta a valores padrão dentro dos limites saudáveis reencontrare-mos um estado de saúde harmonioso tanto a nível físico como psicológico.

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